Mais de nove mil torcedores foram impactados pela ação durante partida entre Criciúma Esporte Clube e Athletico Paranaense nessa segunda-feira
“No estádio e na vida: cartão vermelho para o agressor”: este foi o alerta central evidenciado pela OAB Subseção Criciúma na noite dessa segunda-feira, 11, para mais de nove mil torcedores que estiveram no Estádio Heriberto Hülse. Além de comemorar a vitória do Criciúma Esporte Clube contra o Athletico Paranaense (PR), por 4 a 2, a Ordem dos Advogados do Brasil levou a campo o debate e o apelo em prol do combate à violência contra a mulher, em mais uma ação da campanha Agosto Lilás.
A ação contou com panfletagem, faixa no campo e na torcida e vídeos com o alerta nos telões distribuídos pelo estádio. “Estivemos aqui para mostrar que a OAB é um agente de modificação na sociedade, neste caso, buscando a conscientização de todos sobre o combate à violência contra a mulher, em uma mensagem para milhares de pessoas como nunca houve em nossa Subseção”, avalia o presidente da OAB Subseção Criciúma, Moacyr Menezes Neto.
Durante a panfletagem, todos os torcedores, fossem eles mulheres, homens, casais ou jovens, foram alertados sobre o assunto em questão. “As pessoas estão tendo um choque de realidade. Aqui no estádio ou em qualquer outro lugar, é preciso continuar a falar e evidenciar a campanha contra a violência contra a mulher, pois situações de abuso podem acontecer em todos os meios. Precisamos continuar a conscientizar, não só no mês de agosto, mas em todos os meses do ano”, enfatiza a vice-presidente da OAB Subseção Criciúma, Janaina Alfredo da Rosa.
Não à normalização da violência
Para a presidente da Comissão de Combate à Violência Contra a Mulher e Acolhimento da Vítima da OAB Criciúma, Vania Pinheiro Rodrigues, trazer à tona o combate à violência contra a mulher em um espaço predominantemente masculino é estratégico. “Muitos homens ainda não conhecem sequer a violência psicológica, moral ou sexual. Por isso, por meio dos materiais da nossa campanha, buscamos explicar os tipos de violência e os canais de denúncia para que se possa identificar e buscar ajuda. E para as pessoas possam entender e, cada vez mais, não normalizar nenhum tipo de violência em seus relacionamentos”, destaca.
Além da Comissão de Combate à Violência Contra a Mulher e Acolhimento da Vítima, fizeram parte da ação, também, as Comissões OAB Por Elas e da Mulher Advogada, bem como toda a diretoria da OAB Subseção Criciúma.
Tipos de violência contra a mulher
Conforme a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), são considerados tipos de violência contra a mulher:
- Física: agressões que causam dor ou lesão, como tapas, socos, empurrões ou estrangulamento.
- Psicológica: ameaças, humilhações, controle, isolamento ou palavras que abalam emocionalmente.
- Sexual: relação forçada, impedir métodos contraceptivos ou qualquer ato sem consentimento.
- Patrimonial: destruição ou retenção de dinheiro, documentos, cartões ou bens.
- Moral: xingamentos, calúnias, difamações ou falsas acusações que atingem sua honra.
Onde buscar ajuda?
- LIGUE 180 - Central de Atendimento à Mulher: 24h, sigiloso e gratuito.
- DELEGACIA DA MULHER (DPCMI): Atendimento especializado e acolhimento à vítima.
- DISQUE 190 - Polícia Militar: Casos de emergência
- OAB Por Elas: Apoio jurídico, orientação e encaminhamentos. Entre em contato com a OAB da sua cidade.
- MINISTÉRIO PÚBLICO - 12ª PJ: (48) 99165 7654
- Núcleo de Atendimento às Vítimas de Crimes (NAVIT SUL): (48) 3462-5820 (WhatsApp)
- CRAS/CREAS: Apoio psicossocial e assistência para mulheres em situação de violência.
Nos envie seu contato, retornaremos o mais breve possível!