Os órgãos de fiscalização da OAB estão intensificando a apuração de denúncias sobre o exercício ilegal da advocacia. Ontem, 25/04, fiscais da Ordem percorreram alguns escritórios ilegais em Criciúma, acompanhados da Polícia Civil. Duas pessoas foram flagradas se passando por advogados e conduzidas à Central de Polícia. Um escritório ilegal de Criciúma fechou as portas no mês passado, após a fiscalização da OAB.
"A fiscalização rigorosa é fundamental para proteger a sociedade dos falsos advogados. Recebemos muitas pessoas na OAB que foram prejudicadas por um suposto advogado que garantiu que elas estavam livres de processos e de financiamentos. Quando vamos consultar identificamos casos de pessoas não credenciadas para defendê-las judicialmente e até de estelionatários", afirma o presidente da OAB de Criciúma, Dr. Robinson Conti Kraemer.
A comissão de fiscalização da OAB Criciúma acompanhou a apuração das denúncias de exercício ilegal da profissão. Segundo o advogado Fábio Jeremias, representante da comissão, muitas pessoas estão sendo enganadas por escritórios que dizem prestar assessoria e consultoria jurídica. "Falsos advogados dizem orientar seus clientes sem possuir credenciamento para defendê-los juridicamente. A maioria das vítimas são pessoas simples, com pouca instrução, que acabam perdendo os prazos legais dos processos e acumulam prejuízos", aponta Jeremias.
A OAB Criciúma confirmou que os fiscais da Ordem Catarinense estarão constantemente na região coibindo estas práticas ilegais. "A OAB e a Polícia Civil estão empenhados para garantir que nenhum cidadão seja lesado novamente em nossa região por esse tipo de gente e de práticas criminosas", garante o presidente da Ordem, Robinson Kraemer.
A OAB Criciúma está reunindo informações e na próxima semana protocola ao menos três notícias-crimes junto ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). "Já existe, inclusive, uma ação protocolada pela OAB/SC na Justiça Federal que busca o fechamento de uma rede instalada no Estado inteiro, graças aos elementos colhidos nas rotineiras fiscalizações ao longo desse tempo", finaliza o presidente da OAB Criciúma.
Filipe Casagrande - Supra Comunicação
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