Terminaram há cerca de uma hora as negociações no presídio Santa Augusta, entre a direção da instituição, poder Judiciário, Polícia Militar e integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção Criciúma. O encontro entre as autoridades foi realizado em função da rebelião deflagrada no início dessa tarde. Conforme o integrante da Comissão de Direitos Humanos, Alessandro Damiani, os presidiários reivindicavam, além de outras questões, o banho de sol e o acesso aos advogados. “Desde que os agentes entraram em greve, há cerca de 20 dias, eles deixaram de ter esses direitos assegurados. Também não recebiam visitas de familiares”, comenta.
A movimentação iniciou na Galeria D, após haver agressão a um preso. É isso o que conta o presidente da Comissão de Assuntos Prisionais, Elias Trevisol. “Os demais se rebelaram e a situação se espalhou para as outras galerias”, explica. “Fomos chamados pelo tenente-coronel Márcio Cabral e encontramos uma situação pior do que imaginávamos. Fora do presídio, cerca de 200 pessoas apedrejavam todas as viaturas. Uma das galerias foi tão danificada que necessitará de várias transferências para que seja restabelecida”, completa Damiani.
Depois de aproximadamente seis horas de negociações entre as entidades envolvidas, a direção do presídio firmou um compromisso para com os presos. A partir de amanhã já serão permitidas as visitas e o acesso aos advogados. “Conversamos com dois presos de cada galeria. Ouvimos todas as reclamações deles e, em princípio, conseguimos contornar a situação”, pontua Trevisol.
Conforme o presidente da Ordem, Luiz Fernando Michalak, a OAB atua neste tipo de intervenção para garantir os direitos dos cidadãos. “Os presidiários têm muita confiança nos advogados e respeitam a classe. Com certeza, estaremos sempre a postos para atuar nesse tipo de ação”, emenda.
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