Em palestra proferida na XVIII Conferência Estadual da Advocacia, Henrique Ávila defendeu a independência da advocacia. “A autonomia é essencial, temos que tomar atitudes para que a independência e prerrogativas dos magistrados sejam respeitados. Vivemos um momento em que nosso trabalho é incompreendido. Outras vezes é compreendido e mal versado”, afirmou.
O palestrante criticou a maneira como a imprensa e a população fazem avaliações de decisões legais. “Houve um caso recente de um instituto de pesquisa respeitado que fez uma enquete para verificar se as pessoas concordavam com a decisão de um juiz de soltar um determinado investigado. Isso nunca aconteceria com um médico: uma enquete para ver se as pessoas concordam com um diagnóstico. Ou com um engenheiro: ver se as pessoas concordam com um projeto”, analisou.
Para ele, é uma questão cultural que leva a esse tipo de situação. Da mesma forma, Ávila fez uma advertência de que culturalmente ainda não estamos preparados para os acordos e a conciliação. “É importante incentivar a conciliação. Não é um tratamento alternativo para conflitos, é o tratamento adequado, mas estamos longe de abraçar essa solução culturalmente. Embora a conciliação seja recomendada, somos litigantes, gostamos de vencer e isso visível no nosso dia a dia.”, pontuou.
A mesa do evento foi presidida por Marco Antonio Zappelini, presidente da Comissão de Direitos Prisionais de Criciúma e secretariada por Rita de Bastiani, presidente da Subseção de Campos Novos.
Assessoria de Comunicação da OAB/SC
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